Projeto de Pesquisa    Assistência de saúde aos universitários: uma abordagem sobre o atendimento básico de saúde nas universidades.               

31/10/2018

Problemática

       No Brasil vemos que em muitas universidades a uma escassez de enfermarias, o que pode prejudicar os discentes, pois devido a essa deficiência o aluno pode, sem ter uma instrução, se auto medicar e por consequência agravar a tal enfermidade. Vemos também que algumas universidades sem um ambulatório, tem sua localização afastada de postos de saúde, o que em uma situação de emergência pode acabar piorando e até mesmo levar o indivíduo a óbito. Com isso, se faz necessário a construção de ambulatórios que venha suprir as necessidades de alunos e professores, com medicamentos e instrumentos básicos como, por exemplo, um estetoscópio e um esfigmomanômetro.

Hipótese

       A partir de esclarecimentos sobre a história, conceito, benefícios e o risco da ausência da assistência médica universitária, haverá uma relação mútua de conhecimento entre os envolvidos nesse processo, pois tanto os discentes do ensino superior serão empoderados, com a obtenção da real noção de seus direitos, enquanto o núcleo docente e organizacional das instituições terá a consciência do quão substancial é uma assistência médica-estudantil, assim como as autoridades estatais responsáveis pelo repasse de verbas às universidades. Dessa forma, essa partilha de conhecimento contida nesse projeto de pesquisa atuará de forma ampla a sanar essa problemática da ausente assistência médica universitária.

Objetivo

       Dentro das unidades de ensino, existem pessoas que possuem algum tipo de doença e não estão cientes de tal problema, e também aquelas que têm ciência da enfermidade. Em sua maioria, as doenças possuem tratamento, que, é mais fácil de ser realizado, quando se tem um diagnóstico precoce. Muitas vezes, alunos sentem-se mal - devido alguma enfermidade grave, ou não - e não possuem atendimento médico imediato, estando assim, propensos a um agravo da doença.

       O presente projeto científico, tem como objetivo mudar esta realidade presente no cotidiano das universidades, através da implantação de enfermarias no interior das mesmas, nas quais, enfermeiros capacitados serão responsáveis pelo atendimento primário dos estudantes.

Justificativa

      A implantação do sistema de assistência medica aos universitários, seria relevante visto que, facilitaria o acesso à saúde, pois em casos de ocorrências emergenciais, seria mais rápido e prático o atendimento. Devido à praticidade, diagnósticos seriam dado mais rapidamente ao estudante, estimulando-os a ter mais poder de autocuidado. Com a implementação, contribuiria também para manter a qualidade de vida dos universitários, com profissionais sempre disponíveis para o atendimento.

      Auxiliaria nas modificações do âmbito social, pois serviria de respostas para solucionar problemas que a ausência dela causaria.

Referencial teórico

       Um universitário de 22 anos morreu após ter passado mal dentro da sala de aula no campus da UFV (Universidade federal de Viçosa), localizado na cidade do Rio Paranaíba (320 km de Belo Horizonte). Colegas do estudante reclamam de suposta demora o atendimento. De acordo com a direção da unida de ensino, Bruno Gonçalves Dias, aluno do 3 período do curso de sistema de informações, foi socorrido por um hospital da cidade, onde foi constatado o óbito. As aulas foram suspensas nesta terça-feira (11) em sinal de luto, informou a assessoria da universidade. O rapaz era natural de Paracatu (502 km da capital mineira). Um dos alunos da universidade, sob condição de anonimato, disse ao UOL, que muitos alunos ficaram revoltados com a demora do atendimento dispensado a vítima. Segundo ele, colegas do rapaz que estavam no momento em que Bruno passou mal e desmaiou teriam confirmado a lentidão no socorro de Bruno. A UFV por meio de nota publicada em seu site, informou que o aluno passou mal na hora em que estava fazendo leitura de um texto.

    "Imediatamente o setor biopsicossocial da universidade foi acionado e entrou em contato com o Hospital Maria Conceição Fantini Valério, que prontamente deslocou sua ambulância para prestar socorro ao aluno", afirma em nota. De acordo com o texto, a causa da morte do aluno, descrita no atestado de óbito, seria "morte súbita por causa indeterminada". No entanto, a nota não informa o tempo exato gasto no socorro e transporte de bruno até o hospital nem se havia algum socorrista ou a EXISTÊNCIA DE ALGUM AMBULATÓRIO NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE. "A Universidade Federal de Viçosa é um pouco afastada da cidade. Mas, mesmo sendo afastada, desde momento em que receberam a ligação de socorro no hospital até o momento em que o paciente já se encontrava dentro do hospital, passaram aproximadamente 10 minutos" disse a secretária. Segundo ela, já dentro do hospital, ao menos dois médicos se revezaram nos procedimentos de tentativa de reanimação do rapaz, que teriam durado uma hora e vinte minutos. "Ele foi atendido imediatamente pelo médico plantonista, que entubou e iniciou os procedimentos de reanimação. Foi uma hora e vinte minutos com toda a equipe de reanimação tentando salvar o rapaz, mas, infelizmente, a gente não conseguiu êxito", afirmou.

       "Uma fatalidade ocorrida há dez dias levantou questionamentos quanto à necessidade de haver ambulatórios em câmpus universitários. Depois de uma queda seguida de engasgamento, uma aluna do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) faleceu. Assim como em outras instituições de ensino superior, o câmpus Santos Andrade da UFPR possui cobertura de uma empresa especializada em emergências médicas que vai ao local quando chamada. Deslocamento que pode ser determinante quando uma vida está em jogo.

       "O tempo de atendimento para qualquer ocorrência é fundamental e pode significar ter sequelas, não ter sequelas ou ir a óbito", diz o médico Fabrício Hito, diretor do Hospital Vitória. Na opinião de Hito, em locais de grande concentração de pessoas, como universidades, ter um posto fixo de atendimento, com profissionais treinados para prestar cuidados pré­hospitalares, é mais prudente do que depender apenas dos veículos de emergências médicas."

       "Universidades são instituições onde muitas pessoas vivem e experimentam diferentes aspectos de suas vidas: pessoas aprendem, trabalham, socializam e aproveitam seu tempo de lazer, além de, em muitos casos, utilizarem serviços oferecidos. Universidades, portanto, têm um amplo potencial para proteger a saúde e promover o bem-estar de estudantes, funcionários (acadêmicos e não-acadêmicos) e a comunidade, em toda sua abrangência, pelas políticas e práticas empregadas."

       É mais comum do que se imagina, alunos passarem mal nas localidades das instituições de ensino em que estudam. Muitas das vezes esses indivíduos necessitam de atendimento de saúde, quer sejam imediatas, quer não. Em decorrência disso, muitos desses fazem uso da automedicação - que dependendo do caso, pode trazer prejuízos ainda maiores à saúde do mesmo -, no caso de situações de menor gravidade. Em situações mais graves, como o citado no texto de Jonatas Dias, a falta de um atendimento de saúde imediato pode ser um fator causador do óbito de tais indivíduos. universitários, nota-se que em muitas universidades ainda não dispõe de um atendimento prioritário para o estudante diante de uma emergência. Ocorrências de relatos sobre a falta dessa assistência é o que mais percebemos no decorrer dos anos letivos.

       Apoio psicológico é o mais comum dentro das universidades, pois é o tipo de cuidado mais importante para manter o equilíbrio mental dos jovens inseridos em um contexto de grande pressão no cotidiano dos universitários. Por depender apenas de um pequeno local, esse tipo de assistência se torna mais fácil e viável, pois geralmente, a assistência gira em torno de uma simples conversa feita por um(a) profissional da área.

       O que torna mais dificultoso o auxílio ao jovem estudante nas universidades, é ter um local adequado para se fazer o devido acompanhamento, pois diferente do apoio psicológico, o auxilio geral necessita de um local com mais variedades de instrumentos e objetos e muitas vezes sai com um custo muito alto.

       Como exemplo, pode-se citar a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) campus Bom Jesus, da cidade de Imperatriz - MA. O campus possui assistência psicológica com profissionais qualificados da área, porém o mesmo é desprovido de uma enfermaria para receber possíveis emergências.

       Torna-se necessário, a construção desse centro de apoio, visto que o campus foi construído em um local afastado do centro da cidade e de difícil acesso. Quaisquer emergências acontecidas no polo, deve ser logo encaminhada para o hospital mais próximo, assim demorando horas para a chegada no devido lugar.

       Muitas são as queixas dos próprios universitários, indignados com o polo que dispõe cursos da área da saúde, mas não tem uma simples assistência ao universitário. A ausência de enfermarias para o atendimento rápido e certo por profissionais que possuem conhecimento científico, tem desencadeado inúmeros perigos para os estudantes. Os perigos podem ser do menor ao emergencial, visto que, os estudantes estão expostos a acidentes ocasionais e, principalmente, quando eles passam mal, os prezados se automedicam, agravando o caso. O Plano de Assistência Nacional Estudantil (Pnaes), objetiva por meio de ações que viabilize a igualdade de oportunidades entre todos os estudantes e contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão.

     Posto isso, é de fundamental importância a existência de programas de assistência e apoio ao estudante, a exemplo os critérios socioeconômicos: auxílio alimentação, auxílio moradia, auxílio material didático, auxílio creche, auxílio transporte e, abordado em discussão geral, o auxílio emergencial.

         Em seguida, outro ponto assistencialista da Pnaes são os setores de assistência à saúde, como: nutrição, odontologia, enfermagem, psicologia, serviço social e médico. Todos esses setores irão contribuir para o melhor desenvolver dos discentes dentro do meio estudantil, pois como preconizou a Organização Mundial de Saúde (OMS), "A saúde é o total bem-estar físico, psicológico e social e, se todos esses setores estiverem com qualidade, isso, promoverá saúde e posteriormente, aumentará assiduidade, a interação social, o humor e a qualidade de vida.

       Os riscos que os estudantes estarão expostos pela ausência da assistência está diretamente ligado com seu bem-estar, com a promoção de ações que irão cuidar, preservar o bem-estar físico, psicológico e social destes discentes, mas, de fato, na maioria das vezes os objetivos não são alcançados, trazendo consequências como: a ausência nas aulas, déficit de atenção, mal estar, automedicação e consequentemente um aumento nas ocorrências de emergência, visto que, se não haver uma enfermaria com pelo menos medicamentos e instrumentos básicos, e também, profissionais com conhecimento científico especialista para saber o que fazer em um caso de emergência como também, como para indicar o medicamento certo a se tomar para não acontecer o agravamento do caso, como a automedicação que vem acontecendo constantemente nas universidades, havendo caso de estudantes que morreram por se automedicarem e por falta de atendimento emergencial. Portanto, a Assistência Estudantil é um direito de todos os discentes.

     Então, a escassez de assistência estudantil e medica nas universidades é um problema que causa uma grande deficiência, tanto em docentes como discentes. Sendo assim, vemos que para um melhor bem-estar físico e mental dos alunos as universidades devem trabalhar para diminuir essa mazela, pois o plano nacional de assistência estudantil apoia a permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior. O objetivo é viabilizar a igualdade de oportunidades entre todos os estudantes e contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão.

      Segundo uma pesquisa aborda na UFMT, a Coordenação de Articulação com os Estudantes CARE, órgão vinculado à Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência, desenvolve ações de assistência estudantil na perspectiva de uma permanência qualificada dos estudantes no interior da universidade, desde sua entrada até a sua diplomação. Apoiada nessa premissa, busca proporcionar espaços de formação acadêmica, política, esportiva e cultural, priorizando os estudantes economicamente vulneráveis.

       Em articulação com diversos programas a Pró-reitoria tem oferecido: cursos de inclusão digital, que visa capacitar acadêmicos/as com dificuldade de acesso à informação e equipamentos computacionais; curso de idiomas, objetivando possibilitar o acesso ao aprendizado de uma língua estrangeira; Programa Conexões de Saberes, destinado a estudantes de origem popular, cujo objetivo é fomentar o protagonismo dos mesmos por meio de ações de extensão, ensino e pesquisa com retorno para suas comunidades de origem. Em parceria com a Coordenação de Assistência e Benefícios ao Servidor (CABES), são oferecidas, também, ações direcionadas à saúde dos estudantes promovendo campanhas de promoção a saúde, palestras e seminários. Além dessas ações o programa de apoio psicossocial tem atendido estudantes, com distúrbios psíquicos e situações de dependência de álcool e outras drogas.

        Considerando como foco a promoção da saúde dos estudantes, no ano de 2010 a CARE promoveu uma série de discussões, com diversos segmentos da universidade, buscando parcerias para ações efetivas de promoção ao bem-estar dos acadêmicos dentro do Campus universitário da UFMT de Cuiabá. Em um desses encontros identificamos a possibilidade de inclusão da TC como uma prática para a promoção do bem estar de estudantes, estabelecendo uma interface de um projeto de pesquisa com um projeto de extensão. Na ocasião, a idéia foi prontamente aceita pela CARE e as rodas de TC foram iniciadas. Dessa forma, nosso objetivo é relatar a experiência da realização de rodas de TC em ambiente acadêmico oferecendo subsídios teórico metodológicos para a estruturação e implementação desta prática de cuidado ao estudante universitário em outras universidades.

       Os sentimentos, quando não expressados, tendem, mais cedo ou mais tarde, a afetar o bem-estar físico e mental das pessoas. Na TC, além de poder falar sobre o que está causando sofrimento, também é um espaço de compartilhar as estratégias de enfrentamento que cada participante utilizou para a resolução dos seus problemas. Durante o desenvolvimento das rodas, pudemos perceber por meio de nossas observações, a diferença nas expressões das pessoas ao chegarem e ao partirem das terapias. Apreendemos que as pessoas que estavam com a feição entristecida, preocupada, angustiada ou chorosa, logo que era iniciada a escolha do tema, eram as primeiras a compartilhar suas aflições, demonstrando a necessidade de partilhar seus sofrimentos e a busca de algum apoio daquele grupo. Muitas vezes, os relatos provocavam uma explosão de sentimentos nos demais participantes, tornando a roda carregada de emoção, admiração e compaixão.

       Foi evidenciado também que as rodas de TC na universidade, demonstraram ser um contexto sociocultural privilegiado para apoiar o estudante constituindo-se em um recurso de conexão entre os estudantes e uma ótima oportunidade para a coleta de dados empíricos que possam subsidiar pesquisas sobre a vida universitária.

Metodologia

       Para a realização deste trabalho, foram coletadas as informações disponíveis em livros, artigos, site e em outras vertentes que abordam o tema.

       A pesquisa se destinará as pessoas, com o objetivo de manter informadas sobre a ausência da assistência estudantil e médica nas universidades e suas causas por sua falta, por conseguinte, os métodos utilizados foram, inicialmente, foi escolhido o tema: A ausência da Assistência Estudantil médica nas universidades com intuito de implantar enfermarias nas universidades, logo após, foi realizada uma situação problema que citamos um ocorrido de um estudante universitário que passou mal e se automedicou agravando o seu estado de saúde. Em seguida, foi realizada várias leituras sistemáticas acerca do tema, como a criação de um blog que pouco a pouco foi sendo postado fichamentos de artigos previamente pesquisados, baseado em pesquisa bibliográfica, descritiva e de opinião da saúde do estudante. E, por fim, foi produzido um resumo sobre todas as resenhas baseadas em artigos científicos e, agora, este projeto de pesquisa.

Cronograma

Escolha do tema - 26 de setembro

Situação problema - 26 de setembro

Criação do Blog - 02 de outubro

Fichamento do artigo sobre "Saúde do estudante." - 10 de outubro

Resumo - "Assistência de saúde aos universitários" - 31 de outubro

Projeto de pesquisa - 31 de outubro

Referência bibliográfica

www2.uftm.edu.br/proace/assistencia-estudantil/projetos/proj-semanatematica

BASTOS,Maria Clotilde Pires; FERREIRA, Daniela Vitor. Metodologia de Pesquisa,et al, 2016.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.


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